Acólitos
HISTÓRIA
No final do ano de 1963, o Padre Carlos Santos, prior de São Domingos de Benfica dá início à estruturação de toda a pastoral paroquial. A Liturgia é objecto de uma atenção especial e desde logo, aparecem os primeiros acólitos, poucos e inexperientes, mas com uma enorme vontade de ajudar e aprender. Com a colaboração do Dr. Guilherme Braga (o nosso decano) e com a dedicação e formação do Pároco, é dado um maior relevo às missas dominicais da paróquia. Surge assim o Grupo de Acólitos, que nestes primeiros anos, acolitando ainda na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, foi alicerçando as bases para a criação da atual Associação.
Em 1974, com a criação do Centro Inter-Vicarial de Acólitos (CIVA), atualmente Serviço Diocesano de Acólitos (SDA), os acólitos de São Domingos passam a ter uma dimensão diocesana, com a participação em diversas cerimónias e eventos ao longo destes anos das quais se destacam a participação nas missas por ocasião das visitas dos Papas João Paulo II e Bento XVI e ainda a organização dos EMA´s (Encontro de Ministrantes do Altar) nos anos de 1995 e 2013.
Durante este percurso surgiu, em 1975, um grupo de raparigas Acólitas que deram grande incremento ao serviço do altar pela sua dedicação consciente e comprometida. Tal grupo desfez-se por obediência às orientações do Papa João Paulo II.
No início dos anos 80 é finalmente criada a Associação de Acólitos de São Domingos de Benfica, são elaborados os estatutos, eleito o seu primeiro presidente, Jorge Ferreira e constituída a primeira Direcção.
No ano de 2004, com vista a tornar a Associação de Acólitos mais adequada aos tempos modernos e preparada para os anos vindouros, foi feita uma profunda alteração estatutária e orgânica, passando a mesma a integrar três órgãos (Assembleia-Geral, Direcção e Escola de Responsáveis) e a organizar-se, em função da idade dos acólitos, em três sectores de formação: Seniores, Juniores e Juvenis (ex-Meninos do Coro), distinguindo-se estes últimos pelo hábito dominicano.
A Direcção é constituída pelo Presidente (eleito em Assembleia-Geral), vice-presidente, tesoureiro, secretário e pelos responsáveis dos sectores de formação. A Escola de Responsáveis é um órgão consultivo e os seus membros são eleitos pelos Acólitos Seniores.
saat replikaDurante esta caminhada de 50 anos serviram dignamente ao Altar da Eucaristia 259 acólitos e cada um, sem exceção, contribuiu para a construção e crescimento deste grupo. Destes, dois seguiram a vida sacerdotal e um foi ordenado Diácono. A todos quantos passaram pelo acolitado em São Domingos esperamos que, durante a sua permanência, tenham procurado e encontrado o Amigo e sustentáculo das suas vidas. JESUS CRISTO.
Neste momento com trinta e um Acólitos e Acólitas e duas Aspirantes ao acolitado procuramos cumprir a nossa missão que não se cinge apenas ao serviço do Altar. Ela inclui o aprofundamento e desenvolvimento da fé dos acólitos, no fomento das vocações e a participação na acção evangelizadora da Igreja.
Que o Senhor nos continue a conceder uma fé humilde e forte, alegre e generosa para O testemunhar e servir.
MEMBROS
Direcção da Associação de Acólitos de São Domingos de Benfica
- Presidente – Pedro Emanuel Nunes Gonçalves
- Vice-Presidente - Paulo Miguel Demétrio Gomes Vieira
- Secretário - Pedro Filipe Brites Pirralho
- Tesoureiro - Bruno Manuel Conceição Luz Almeida Partidário
- Responsável dos Seniores - Pedro Emanuel Nunes Gonçalves
- Responsável dos Juniores e Juvenis - João Paulo Martins Cardoso
Acólitos Seniores
- Bruno Manuel Conceição Luz Almeida Partidário
- Fernando Manuel Rodrigues Francisco
- Guilherme Augusto Fernandes de Miranda Braga e Gomes
- João Paulo Martins Cardoso
- Luís Filipe Correia Mendes
- Luís Nunes Teixeira
- Miguel Bernardo de Figueiredo Sobral
- Paulo Miguel Demétrio Gomes Vieira
- Pedro Emanuel Nunes Gonçalves
- Pedro Filipe Brites Pirralho
- Ricardo José de Almeida Figueiredo
- Rúben Alexandre da Silva Teixeira
- Rui Miguel Freixo Gonçalves Baltazar Rodrigues
Acólitos Juniores
- Isa Rafaela Teixeira Silva
- Maria de Castro Branco Freixo Baltazar
- Raquel Melo dos Anjos Pécurto
- Tomás Almeida Mendes
Acólitos Juvenis
- Carolina Isabel Ferreira Teixeira
- Catarina Isabel Ferreira Teixeira
- Inês Maria Neves Francisco
- José Miguel de Carvalho Gonçalves
- Margarida Castro de Miranda Félix
- Margarida Reis Figueiredo
- Maria Madalena Orge de Figueiredo
- Tiago Miguel Neves Francisco
Acólitos Ministrantes
O latim eclesiástico tem 2 termos bem diferentes que em Portugal traduzimos por «acólito»:
a) Acolythus. Até Paulo VI era uma «ordem menor» por comparação com as ordens «maiores», conferidas pelo Sacramento da Ordem. Após a entrada no «clero», significada pelo rito da tonsura, os candidatos às Ordens Sagradas tinham de subir vários «degraus» antes de acederem ao ministério sagrado: ostiariado (o ostiário era o “porteiro”; competia-lhe um serviço de acolhimento e vigilância), leitorado, exorcistado, acolitado e subdiaconado. O «acolitado» era, portanto, conferido exclusivamente a «clérigos», normalmente candidatos ao sacerdócio. Após o II Concílio do Vaticano, Paulo VI reformou esta disciplina, aboliu a tonsura como rito de entrada no clero e reteve apenas duas das antigas «ordens menores» transformando-as em «ministérios laicais instituídos» conferidos pelo Bispo a fiéis leigos do sexo masculino mediante um rito litúrgico de «instituição» (Paulo VI, Carta Apost. motu proprio Ministeria Quaedam de 15 de agosto de 1972).
b) Paulo VI, na referida Carta Apostólica, reconhece que muitas das funções ligadas às ordens menores «eram, na realidade, também desempenhadas por leigos, como aliás ainda agora acontece». Assim aconteceu com as funções dos Acólitos – minoristas ou leigos instituídos num ministério – que, na prática, eram e são habitualmente desempenhadas pelos chamados «ministrantes»: este é o 2º termo. Em Portugal, aos ministrantes, generalizou-se o costume de lhes chamar, indiscriminadamente, «acólitos». Isso pode dar azo a alguns equívocos em que importa não cair. Assim, ao ler os documentos do Magistério da Igreja, devemos sempre esclarecer se o que se diz sobre os «acólitos» se aplica exclusivamente aos «acólitos instituídos» ou se é extensivo aos «acólitos ministrantes» …
Tradicionalmente, para designar os «ministrantes» usavam-se outros termos:
breitling replica– Na Alemanha e Áustria são chamados Messdiener, isto é, “Servidores/ajudantes do Culto Divino (em especial da Missa);
– Na Itália são chamados chierichetti, isto é, “pequenos clérigos“.
– Na Espanha são chamados monaguillos, isto é, “pequenos monges”.
– Na língua inglesa o ministrante é altar server, isto é, “servidor do altar”.
– Em francês o termo tradicional era enfant de chœur (menino do coro). Assim também se dizia, outrora, em Portugal. Quando o encargo era confiado a pessoas mais velhas, nomeadamente seminaristas, usava-se a designação grand clerc, um “clérigo” mais crescido… Actualmente, o termo mais em uso é servant d’autel, “servidor do altar”.
– No Brasil popularizou-se a designação «coroinha».
Comentando brevemente estas designações, parecem de evitar dois inconvenientes:
– O reducionismo infantilista: o serviço de «acólito ministrante» tem como sujeitos fiéis cristãos leigos de qualquer idade. Por razões históricas e pedagógicas começa por ser exercido por crianças, normalmente após a sua iniciação à Eucaristia. Mas, pela responsabilidade que supõe e promove, é recomendável o seu exercício por jovens e adultos, sem limite de idade.
– O reducionismo clerical. Mesmo desejando que os grupos de acólitos continuem a ser viveiros de vocações sacerdotais e de especial consagração – masculinas e femininas – há que levar cada vez mais a sério o sacerdócio comum dos baptizados que se exprime, entre outras formas, por um cada vez mais efectivo direito/dever de participação litúrgica. Não se trata já de suprir a ausência ou insuficiência de clérigos, mas de assumir em plenitude a dignidade e responsabilidade cristã laical, por força do Baptismo (e da Confirmação).replica audemars piguet
Superados estes escolhos, importa, ainda, evitar na leitura dos documentos do Magistério da Igreja Para evitar equívocos devemos sempre esclarecer ao recolher o magistério da Igreja sobre os «acólitos», se se trata de «acólitos ministrantes» ou de acólitos instituídos» …
Quem são os padroeiros dos acólitos?
São Tarcísio
Tarcísio pertencia à comunidade cristã de Roma. Sabe-se que o rescrito de perseguição do imperador Valeriano (253-260) visava de forma directa os bispos, padres e diáconos, dos quais se previa, em caso de detenção, a execução imediata e a confiscação dos bens. Estando estes tão expostos, a forma de contornar a vigilância das autoridades e de levar aos mártires e confessores da fé, detidos nos cárceres, o conforto da Eucaristia, era recorrer ao serviço de servidores menos referenciados pelas autoridades, nomeadamente jovens acólitos. Foi assim que Tarcísio, adolescente de 12 anos, se voluntariou para levar o Pão da Vida aos cristãos detidos. Para defender esse tesouro escondido de cair nas mãos de pagãos, Tarcísio sofreu agressões mortais de companheiros da sua idade. O seu corpo agonizante foi recolhido por um soldado, ocultamente cristão, que o levou para as Catacumbas de Calisto onde foi depois sepultado. Conservam-se nessas Catacumbas vestígios arqueológicos e inscrições que testemunham a veneração tributada a Tarcísio pela Igreja Romana.
O romance Fabíola (Cardeal Nicholas Wiseman, 1854) – e o filme homónimo –popularizaram São Tarcísio que veio a ser proclamado patrono da Associação Internacional dos Acólitos Ministrantes (Coetus Internationalis Ministrantium).
O Martirológio Romano faz o seu elogio em 15 de Agosto, dia da sua memória litúrgica: «Em Roma, no cemitério de Calisto, junto à Via Ápia, a comemoração de São Tarcísio, mártir, que, ao defender a Santíssima Eucaristia de Cristo que uma multidão furiosa de gentios pretendiam profanar, preferiu ser apedrejado até à morte, em vez de entregar aos cães as sagradas espécies. († c. 257)».
São Francisco Marto
Foi proclamado Patrono dos Acólitos Portugueses em 1 de Maio de 2009. Na sua breve vida de apenas 10 anos, este vidente de Fátima deu um testemunho maravilhoso de fé e de amor. Com a sua candura de menino, viveu uma fé madura, orante e contemplativa. O «Jesus escondido», do Sacrário e do Altar foram fulcrais na sua piedade.
Outros Santos aparecem associados aos acólitos ministrantes e são invocados em algumas regiões como seus patronos celestes:
– São Domingos Sávio (1842-1857) que, tocado pela pregação de São João Bosco, quis ser santo servindo o Senhor com alegria. Morreu pouco antes de completar quinze anos e é um exemplo admirável para as crianças e adolescentes.
– Santo Estanislau Kostka (1550-1568), um dos santos polacos mais conhecidos e venerados. Os testemunhos biográficos recolhidos atestam que este jovem dava muito espaço à oração, participava intensamente na Missa e na Oração de Vésperas.
– São Luís Gonzaga (1568-1591): reza assim o seu elogio no Martirológio: «religioso que, nascido de família de príncipes e nobilíssimo pela inocência de vida, abdicou em favor do seu irmão o direito ao principado e ingressou na Companhia de Jesus. Pela assistência generosa aos contaminados da peste, contraiu a enfermidade que o levou à morte ainda em plena juventude. († 1591)». São Luís Gonzaga foi um mártir da caridade, até ao extremos de dar a vida pelo próximo.
– São João Berchmans (1599-1621), santo flamengo (belga) que viveu uma profunda piedade eucarística e mariana, sempre de sorriso aberto e franco.
– São Nicolau de Mira, o santo da caridade, protector de crianças e órfãos († s. IV).
– São João Bosco (1815-1888): «Pai e mestre da juventude» que soube guiar os jovens num caminho de santidade caracterizado pela alegria no cumprimento perfeito dos próprios deveres.
A escolha destes santos patronos correspondeu historicamente a um perfil etário predominantemente infanto-juvenil. Mas ao aprofundar a biografia e a fisionomia espiritual destes santos emergem características e acentuações que claramente superam essa visão limitada e são válidos para os acólitos ministrantes de todas as idades: uma piedade centrada na Eucaristia, nutrida na oração, pautada pela alegria, generosa num serviço que irradia da Liturgia para a vida, sem fracturas entre o serviço do altar e o serviço aos irmãos, capaz dos maiores heroísmos, até ao dom supremo da própria vida.
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